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Interferência de Lula na Petrobras entra na mira de investigação do MP ao TCU

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Nesta segunda-feira, 18, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, apresentou um pedido de investigação para apurar a suposta interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Petrobras. A solicitação visa esclarecer se a decisão da estatal de não distribuir dividendos bilionários foi resultado de uma ação direta do ex-presidente na gestão da empresa.

 

O próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, revelou que Lula teria agido diretamente para impedir a distribuição de dividendos pela estatal. Essa ação resultou em prejuízos substanciais para a Petrobras e seus investidores, com as ações da empresa sofrendo uma queda de 10,37% no pregão do dia 8 de março, representando uma perda de R$ 55,3 bilhões em valor de mercado.

Furtado destacou que as decisões da Petrobras podem ter sido influenciadas por interesses do governo federal, prejudicando tanto os acionistas quanto o país como um todo. Ele ressaltou que, embora a União seja acionista majoritária, não deve interferir excessivamente nas decisões corporativas da empresa, conforme previsto na Lei das Estatais, implementada durante o governo Michel Temer para mitigar a interferência do governo federal nas empresas com participação estatal.

 

“Essas intervenções acabam por prejudicar os acionistas da empresa e o país como um todo, já que empresas de importância nacional são gerenciadas de maneira arbitrária, ignorando os princípios técnicos e econômicos”, afirmou o subprocurador.

 

Diante disso, Furtado solicitou ao TCU que investigue se houve violação da Lei das Estatais no caso da Petrobras. A iniciativa gerou debates e levantou questionamentos sobre a autonomia das empresas estatais e o papel do governo na sua gestão.

Enquanto alguns defendem a necessidade de garantir a independência das empresas públicas para garantir sua eficiência e evitar interferências políticas, outros argumentam que a participação do governo é crucial para proteger os interesses nacionais e direcionar as políticas públicas.

 

O pedido de investigação abre espaço para uma análise mais aprofundada sobre o papel do governo nas empresas estatais e os limites da sua intervenção nas decisões corporativas. O TCU deverá avaliar cuidadosamente as evidências apresentadas e tomar medidas adequadas para garantir a transparência e a legalidade na gestão das empresas com participação estatal.

Redação AM POST

Foto reprodução Ricardo Stuckert/PR

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