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Educação

Especialista alerta para golpes comuns no Dia das Crianças

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Crianças que usam o celular dos pais podem acabar clicando em links maliciosos FREEPIK

Em menos de 24 horas, 85 mil brasileiros foram vítimas de golpes cibernéticos às vésperas do Dia das Crianças. O dado, levantado pela empresa de cibersegurança Kaspersky, é de 2019, mas poderia ser atual, segundo o analista sênior de segurança da companhia, Fabio Assolini.

Este ano, o cenário é ainda mais preocupante, uma vez que, muitas pessoas passaram a fazer compras online desde o início da pandemia. Na mesma medida, cresceram os riscos de ser direcionado para algum site fraudulento ou ter seus dados pessoais e bancários roubados.

“Hoje em dia, muitas crianças usam o celular dos pais e, por um descuido, algumas pessoas deixam o cartão de crédito cadastrado em lojas varejistas, aplicativos e até mesmo no navegador utilizado”, afirma Assolini.

“Com isso, o que acontece é que a criança pode acabar comprando algo com o cartão dos pais, ou, o que é ainda pior, clicando em alguma mensagem maliciosa e fazer com que os dados pessoais ou bancários dos pais sejam roubados”, completa.

Segundo o especialista, este tipo de golpe, conhecido como phishing, é um dos mais comuns atualmente no Brasil e é aplicado sobretudo em datas comemorativas, quando as pessoas estão mais vulneráveis emocionalmente e propensas a fazer compras por impulso. O nome remete ao termo em inglês “fishing“, que significa literalmente pesca — isso porque, como em uma pescaria, as vítimas são “fisgadas” por supostos brindes e promoções. 

De 2019 para cá, o que a Kaspersky observa é que os cibercriminosos apostam cada vez mais em campanhas disseminadas pelo WhatsApp, com mensagens falsas em nome de fabricantes de brinquedos e lojas varejistas, para enganar as vítimas e, com isso, conseguir dinheiro ou dados pessoais. Segundo Assolini, existem, basicamente, cinco modalidades de fraude as quais os usuários devem ficar atentos.

“A primeira que eu destacaria é, talvez, a menos inofensiva de todas: a pessoa clica, é direcionada a um link e, aparentemente, não acontece nada — mas, naquela página, está cheio de propagandas. O esquema de monetização é o chamado page view (visualização da página) – como tem muita gente que clica, vai ter muita visualização e, assim, o criminoso ganha muito dinheiro”, diz.

“Outras modalidades incluem direcionar o usuário para uma página com o objetivo de coletar dados pessoais; pedir o celular da vítima para confirmar um suposto prêmio e, com isso, cadastrar a pessoa em serviços premium; fazer a vítima instalar aplicativos legítimos que pagam por cadastro, como o TikTok ou Kawaii; e fazer a vítima instalar um programa malicioso, como um Trojan. Essa última é a mais agressiva, pois compromete a segurança do dispositivo como um todo, bem como de diversos dados pessoais”, completa.

Como se proteger?

De acordo com o especialista, a forma mais prática e eficaz de se proteger contra golpes cibernéticos, em especial o phishing, é instalar uma solução de segurança nos dispositivos e mantê-la sempre atualizada. Ele ressalta, no entanto, que a medida, por si só, não é o suficiente.

Com as crianças e adolescentes cada vez mais presentes no mundo digital, é fundamental que os pais façam um acompanhamento das atividades online dos filhos e, sobretudo, os ensinem sobre os perigos da internet e imponham limites sobre o uso de dispositivos. A orientação vale não só para o Dia das Crianças, quando os pequenos podem se sentir tentados a clicar em links maliciosos, mas para todos os momentos do ano.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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