Política
ESTÁ FORA: Em entrevista coletiva, Sérgio Moro anuncia saída do Ministério da Justiça
Moro falou por aproximadamente 40 minutos e disse que não aceita interferência política na Polícia Federal e que não é verdadeiro o pedido de demissão, anunciado pelo governo, do Diretor Geral da Polícia Federal Maurício Leite Valeixo. Sérgio Moro afirmou que foi surpreendido e achou ofensivo a demissão de Valeixo sem o conhecimento dele. O agora ex-ministro salientou vários pontos que o levaram ao pedido de demissão.
CRITÉRIO TÉCNICO E NÃO POLÍTICO
Moro esclarece que já havia dito para Jair Bolsonaro sobre os riscos de deixar de lado o critério técnico na Polícia Federal e aceitar nomeações políticas. Moro diz que isso compromete seriamente o trabalho da instituição pois os resultados são imprevisíveis. Ele fez um alerta: Os servidores não vão aceitar indicação política na Polícia Federal. A Conversa com Bolsonaro sobre assunto já teria ocorrido quando das trocas de comandos nas superintendência da Paraíba e do Rio de Janeiro.
AUTONOMIA
Moro disse que não teve a Carta Branca prometida pelo presidente Bolsonaro antes de assumir o cargo. O Presidente, de acordo com Moro, havia concordado com tudo inclusive dizendo que daria apoio. Bolsonaro chegou a fazer isso até publicamente, conforme Moro.
ISOLADO
Sérgio Moro disse que o Presidente não quer mais ele no cargo e então o melhor a fazer é ir embora.
EMBATES
Moro disse que nos últimos meses teve várias outras divergências com Jair Bolsonaro, mas tolerou preservando a hierarquia que sua condição exigia. Deixou claro que em outra ocasião vai falar sobreisso, pois aquele não era o momento.
IRREDUTÍVEL
Sérgio Moro disse que não tem como aceitar a substituição na Direção Geral da Polícia Federal sem que tenha ocorrido algum fato que justificasse isso. Troca sem causa consistente não faz sentido, não concorda, enfatizou Moro.
FUTURO
Sérgio Moro agradeceu a nomeação e afirmou ter sido fiel ao compromisso. Agora, começa a empacotar suas coisas e preparar a carta de demissão.
JUDICIÁRIO
Sérgio Moro disse que é um caminho sem volta ter abandonado os 22 anos de magistratura, por isso vai descansar e depois avaliar o que fará daqui pra frente. Não enriqueceu e vai atrás de emprego.
POLÍTICA
Moro disse que vai estar sempre à disposição do país onde quer que esteja. A afirmação deixou no ar a possibilidade de que no futuro ele venha ser candidato a algum cargo público.
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