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ESTADO GRAVE: Mesmo com liminar, Estado não garante vaga de UTI para criança de dois anos

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Uma criança, de 2 anos e 1 mês, que está internada no Hospital Municipal de Juína (MT) desde a semana passada, ainda espera por uma vaga em UTI pediátrica no Estado de Mato Grosso, mesmo com liminar expedida pela justiça. 

 
Em entrevista ao site Juína News, na última segunda-feira (04) o pai da criança contou que seu filho sofreu duas convulsões e, na última delas, ele “não voltou mais”. Foi necessário sedar, entubar, e depois encaminhar o garoto para exame de tomografia. Através deste exame ele foi diagnosticada com um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico de grande extensão.

 
Por temer a morte da criança, a família procurou o Ministério Público do Estado, que conseguiu liminar na Justiça determinando a transferência. Entretanto, o Estado não atendeu a urgência até a manhã desta quinta-feira, dia 07 de novembro.

 
Na liminar expedida pela justiça, a criança deveria ser encaminhada para uma UTI em até 48 horas, onde ela ia receber com urgência os cuidados necessários, vindo então a surgir uma vaga de UTI pediátrica na cidade de Cáceres (MT). Porém, não havia naquela cidade um neurocirurgião para fazer o acompanhamento da criança.

 
O Estado tem a obrigação de cumprir, de fornecer a vaga, e se não achar a vaga, o sistema público poderá fazer a contratação emergencial pela rede privada. Mas o estado não fez nenhum e nem outro”, ressaltou o promotor de justiça Marcelo Linhares.

 
Diante do descaso com a saúde pública, a população da cidade de Juína, familiares e amigos iniciaram uma vaquinha on-line para arrecadar R$ 50.000,00 para auxiliar no tratamento de Gabriel Henrique. E quem não pode ajudar com dinheiro, está em corrente de orações pela saúde do pequeno.

Estamos diante de um claro descaso, uma clara desobediência de ordem judicial, onde servidores acreditam que podem rever uma ordem judicial, onde não compete ao médico ou enfermeira, a ordem judicial tem que ser cumprida”, frisou Marcelo Linhares.

 
De acordo o promotor, foi informado ao seu gabinete, através de parecer de médico pediatra, que não há equipamentos suficientes em Juína para tratar o menino Gabriel Henrique, e por isso há a necessidade de transferência para um UTI com acompanhamento de um neurocirurgião.

 
Eu instaurei um procedimento para responsabilização dos servidores da Secretaria Estadual de Saúde, que estão negando o atendimento a essa criança. O que me frustra como membro do Ministério Público é a gente estar numa situação onde a vida é tão pouco valorizada, onde algo tão importante, que seria a vida humana, é tratado como algo secundário”, lamentou.]

FOLHA DO SUL ONLINE

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